Descoberta gera materiais de alto valor e ajuda a reduzir o lixo do planeta
A Química Verde surgiu nas últimas décadas como alternativa sustentável e capaz de criar materiais e produtos adequados às novas necessidades humanas. São materiais menos poluentes e com menor ciclo de vida no meio ambiente. É assim que o plástico usado como embalagens para refeições prontas, frutas e vegetais em supermercados pode virar matéria prima de excelente qualidade para outras indústrias.
A descoberta é do pesquisador Ali Hedayati, da Universidade de Swansea, no Reino Unido. Ele removeu o carbono do plástico dissolvendo-o em tolueno e ferroceno e injetou em um reator de injeção líquida desenvolvida pela equipe da pesquisa. O material foi então usado para construir moléculas de nanotubos “de baixo para cima”, ou seja, montando o nanotubo molécula por molécula por deposição de vapor químico.
Todos os plásticos são feitos de carbono, hidrogênio e, às vezes, oxigênio, mas as quantidades e arranjos moleculares desses três elementos tornam cada plástico único. Como os plásticos são químicos muito puros e altamente refinados, eles podem ser decompostos nesses elementos, que são a seguir religados em diferentes arranjos para produzir materiais de alto valor.
O que são os nanotubos de carbono?
São moléculas minúsculas com propriedades físicas e mecânicas que superam as de qualquer material até então conhecido. A estrutura de um nanotubo de carbono parece um pedaço de tela de galinheiro enrolado em um cilindro. Quando o carbono é organizado dessa forma, ele pode transmitir eletricidade de uma forma até 1000 vezes mais eficiente que os fios de cobre e 100 vezes mais resistentes que o aço, possuindo apenas 1/6 de sua densidade.
Essas propriedades fazem do nanotubo de carbono um produto útil na construção civil, na transmissão e conservação de energia, na aviação e, até mesmo, na medicina.
FONTE: CFQ 14/08/2019