Conselho Regional de Química e PJC alertam sobre riscos de produção caseira de álcool

A Polícia Civil, por meio da Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), em parceria com o Conselho Regional de Química da 16ª Região, alerta sobre os riscos da produção artesanal de álcool em gel mostrada em um vídeo que está circulando em aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, ensinando a ‘receita’.

De acordo com a presidente do Conselho Regional de Química, Suzana Aparecida da Silva, o vídeo mostra uma forma totalmente equivocada de preparação do álcool em gel, demonstrando ser um procedimento simples e eficaz, fato que não é verdadeiro.

A manipulação do álcool tem riscos, uma vez que o produto é extremamente inflamável, podendo provocar acidentes graves como queimaduras. Outro fator relevante é que a eficácia sobre o coronavírus é para o produto cujo teor alcoólico é 70%, sendo que qualquer graduação diferente desta é ineficaz contra o vírus.

O teor alcoólico precisa passar por controle de qualidade, sendo assegurado que esteja a 70%, para garantia da eficácia do produto.

“Neste momento de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), em que um produto necessário começa a faltar no mercado, a sociedade passa  a aceitar receitas caseiras para resolver situações individuais. A manipulação caseira, como no caso desse vídeo, além de ser extremamente equivocada, não tem fundamentos técnicos e científicos”, disse a especialista.

O delegado da Gecat, Eduardo Botelho, ressalta que a produção artesanal, sem autorização legal, de um produto com fim terapêutico ou medicinal, pode configurar a prática do crime previsto no artigo 273, do Código Penal. A Gecat solicitará ao aplicativo de mensagens WhatsApp a exclusão imediata do vídeo das redes sociais, com o fim de evitar maiores riscos à sociedade.

“Além do crime em si, a produção de forma caseira coloca em risco a vida da pessoa que faz a fabricação artesanal e também das pessoas que tenham contato direto ou indireto o produto. Essa prática é proibida pelo Código penal, e o responsável deve responder criminalmente”, reforçou o delegado.

 FONTE: OlharDireto da Redação – Bruna Bom19 Abr 2020 – 14:00

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